sábado, 15 de março de 2014

Afinal sábado, afinal Terra, afinal eu





   Depois de sonhos assim, abre-se, a janela com cuidado e, com alívio descuidado, constata-se que está tudo igual, na lenta agonia que, apesar de tudo, não nos inquieta. Até na japoneira (como aqui chamam à cameleira) não noto sobressaltos, e esta é a altura do ano em que sucedem. Um conto de fadas a vida vista assim. A ironia disto tudo lateja como uma doméstica dor. Estas irritações persistentes ajudam-me a aguardar com mais paciência o som ejaculatório da cafeteira. Mas essa já é a crónica da paz dos distraídos...

   Este jogo de espelhos a que chamamos mundo por vezes embacia, é só isso.