domingo, 5 de janeiro de 2014
There's no one for me in Buenos Aires (talvez em Valparaíso...)
No more mr. nice guy. No fundo bom rapaz, respeitador, calculista inveterado, nulidade escrita, ouvida (cada vez menos), caçador de afectos, solito capaz de prencher todo o tipo de impressos alternativos, mas absolutamente incapaz de se gerir (ter cabeça), tímido demais para gritar, solícito de confidências prende-se a solidariedades e, nisso, não se queixa. Esse seu lado quixotesco tem justificado o ínicio deste texto.
O desiquilibrio divino tornou-o uma espécie de case study (houvesse fundos e pachorras), onde uma sorte extrema e improvável se aliou a um azar digno de Job. Até aqui usou e abusou de todo o tipo de usuras mas vão-lhe faltando forças, pachorras e o azedanço vai marcando presença habitual (senão teimosa) em exames análises e avaliações clínicas.
Vai pensando, capricorniantemente, em morrer: vítima de sobrevida. A falta de palavras, como de costume, desagua no lugar comum, que é uma casa de maus costumes, mas contortos existenciais assegurados, para cavalheiros da sua idade e do seu indeterminado ou ecuménico estatuto socio-económico.
Deve-se este debuxo a uma série de (não) acontecimentos, a outra de (assim sentidos) maus tratos, e a um alinhamento narrativo do quotidiano suspeitosamtente aparentado a um clássico enredo policial.
E acabo como comecei: no more mr. nice guy. Como se alguma vez tivesse sido porreiro, senhor, senhoria ou senhorial, ou então, mais prosaicamente, assim p'ro gajo...
Certo, certo é estaa convicção, íntima (quase de fé) que mudanças se aproximam rápidas, em passo militar e olhar reclamante de um qualquer tipo de vingança. Nevoeiros, florestas negras ou laranjas, multidão faminta, esconderijo. Animal acossado, vira bicho, arreganha o dente e socorre-se do que tem (seu, dado ou emprestado)