segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Os Melros desapareceram




   Quase. Também as gaivotas e os pardais andam desaparecidos. Suspeito de intervenção humana, cheia de boas intenções, sanitárias e outras que tais mas, como quase sempre, clandestinas (caladas e massacrantes). Esta madrugada ouvi ou sonhei que os ouvi, pardais que preferi deixar no sossego dos ramos, na madeira ou nos cabelos.
   Tenho perguntado se alguém deu pelo desaparecimento das aves. Pelos olhares embaraçados e pelos desviares de conversa percebo que não. Afinal, se se foram, para um passaral céu (donde se não volta), ou para a consolação doutro subnutrido, levaram algo com eles.
   Fazem-me falta. Aliás, fazem-me uma falta danada.