sábado, 27 de dezembro de 2014

ANU(L)IDADES





   Esteve de tudo... Tenha estado quase tudo. Não acredito que algum dia, um ou todos ou mesmo o mesmo, venhamos a unanimizar sobre a forma de avaliar as experiências. E ainda assim dou por mim impaciente por entrar num ano novo. Talvez seja é pressa de sair deste, e daí a pequena reflexão inicial. Todavia numa espécie de prudência tripa&sangue, alheada de espelhos e literaturas, arredo-me do costumeiro "Ano novo, vida nova" por um (tendo em conta a in e evocada prudência) seminal (de sémen mesmo, ou esporradal, se só assim entenderem) "Homem novo em novo ano".
   Rai's partam a vida... esta, outra que calhasse, talvez todas. Resta-nos sorrir, abraçá-la e intolerarmos incansavelmente, não com tudo, mas com todos os que aos "raios" apenas amesquinham. Por daqui sair tão sujo, há-de ser a minha passagem d'ano debaixo de água quente e numa abundância de excessos: de sabão, de tesão. De olhos bem fechados e mãos tacteantes' enroscado  nos braços e colado à pele morna e húmida da confiança. Impoluto, pois claro! Ou amnésico, o que, neste caso, vai dar ao mesmo.