terça-feira, 31 de janeiro de 2012
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
Charles Bukowski
A Love Poem
all the women
all their kisses the
different ways they love and
talk and need.
their ears they all have
ears and
throats and dresses
and shoes and
automobiles and ex-
husbands.
mostly
the women are very
warm they remind me of
buttered toast with the butter
melted
in.
there is a look in the
eye: they have been
taken they have been
fooled. I don’t quite know what to
do for
them.
I am
a fair cook a good
listener
but I never learned to
dance — I was busy
then with larger things.
but I’ve enjoyed their different
beds
smoking cigarettes
staring at the
ceilings. I was neither vicious nor
unfair. only
a student.
I know they all have these
feet and barefoot they go across the floor as
I watch their bashful buttocks in the
dark. I know that they like me, some even
love me
but I love very
few.
some give me orange and vitamin pills;
others talk very quietly of
childhood and fathers and
landscapes; some are almost
crazy but none of them are without
meaning; some love
well, others not
so; the best at sex are not always the
best in other
ways; each has limits as I have
limits and we learn
each other
quickly.
all the women all the
women all the
bedrooms
the rugs the
photos the
curtains, it’s
something like a church only
at times there’s
laughter.
those ears those
arms those
elbows those eyes
looking, the fondness and
the wanting I have been
held have been
held.
all the women
all their kisses the
different ways they love and
talk and need.
their ears they all have
ears and
throats and dresses
and shoes and
automobiles and ex-
husbands.
mostly
the women are very
warm they remind me of
buttered toast with the butter
melted
in.
there is a look in the
eye: they have been
taken they have been
fooled. I don’t quite know what to
do for
them.
I am
a fair cook a good
listener
but I never learned to
dance — I was busy
then with larger things.
but I’ve enjoyed their different
beds
smoking cigarettes
staring at the
ceilings. I was neither vicious nor
unfair. only
a student.
I know they all have these
feet and barefoot they go across the floor as
I watch their bashful buttocks in the
dark. I know that they like me, some even
love me
but I love very
few.
some give me orange and vitamin pills;
others talk very quietly of
childhood and fathers and
landscapes; some are almost
crazy but none of them are without
meaning; some love
well, others not
so; the best at sex are not always the
best in other
ways; each has limits as I have
limits and we learn
each other
quickly.
all the women all the
women all the
bedrooms
the rugs the
photos the
curtains, it’s
something like a church only
at times there’s
laughter.
those ears those
arms those
elbows those eyes
looking, the fondness and
the wanting I have been
held have been
held.
Labels:
poemas
Philip Larkin
Annus Mirabilis
Sexual intercourse began
In nineteen sixty-three
(which was rather late for me) -
Between the end of the Chatterley ban
And the Beatles' first LP.
Up to then there'd only been
A sort of bargaining,
A wrangle for the ring,
A shame that started at sixteen
And spread to everything.
Then all at once the quarrel sank:
Everyone felt the same,
And every life became
A brilliant breaking of the bank,
A quite unlosable game.
So life was never better than
In nineteen sixty-three
(Though just too late for me) -
Between the end of the Chatterley ban
And the Beatles' first LP.
Labels:
poemas
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
O TABACO DA VIDA
De amor cantando,
sem nele demasiado acreditar,
dei a volta ao coração (demorei anos):
está só - mas sem nenhuma vontade de parar...
Desiludidos? Paciência, amigos...
Bebamos mais, fumemos, refumemos,
entre as mulheres, o tabaco e a vida.
Como cedilhas pendurados que felizes seremos,
exemplares cretinos nesta noite comprida...
Alexandre O'Neill, "Poesias Completas" assírio & alvim, 2000
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
Herberto também ainda
lugar II
Há sempre uma noite terrível para quem se despede
do esquecimento. Para quem sai,
ainda louco de sono, do meio
do silêncio. Uma noite
ingénua para quem canta.
Deslocada e abandonada noite onde o fogo se instalou
que varre as pedras da cabeça.
Que mexe na língua a cinza desprendida.
E alguém me pede: canta.
Alguém diz, tocando-me com seu livre delírio:
canta até te mudares em cão azul,
ou estrela electrocutada, ou em homem
nocturno. Eu penso
também que cantaria para além das portas até
raízes de chuva onde peixes
cor de vinho se alimentam
de raios, seixos límpidos.
Até à manhã orçando
pedúnculos e gotas ou teias que balançam
contra o hálito.
Até à noite que retumba sobre as pedreiras.
Canta - dizem em mim - até ficares
como um dia órfão contornado
por todos os estremecimentos.
E eu cantarei transformando-me em campo
de cinza transtornada.
Em dedicatória sangrenta.
Há em cada instante uma noite sacrificada
ao pavor e à alegria.
Embatente com suas morosas trevas.
Desde o princípio, uma onde que se abre
no corpo, degraus e degraus de uma onda.
E alaga as mãos que brilham e brilham.
Digo que amaria o interior da minha canção,
seus tubos de som quente e soturno.
Há uma roda de dedos no ar.
A língua flamejante.
Noite, uma inextinguível
inexprimível
noite. Uma noite máxima pelo pensamento.
Pela voz entre as águas tão verdes do sono.
Antiguidade que se transfigura, ladeada
por gestos ocupados no lume.
Pedem tanto a quem ama: pedem
o amor. Ainda pedem
a solidão e a loucura.
Dizem: dá-nos a tua canção que sai da sombra fria.
E eles querem dizer: tu darás a tua existência
ardida, a pura mortalidade.
Às mulheres amadas darei as pedras voantes,
uma a uma, os pára-
-raios abertíssimos da voz.
As raízes afogadas do nascimento. Darei o sono
onde um copo fala
fusiforme
batido pelos dedos. Pedem tudo aquilo em que respiro.
Dá-nos tua ardente e sombria transformação.
E eu darei cada uma das minhas semanas transparentes,
lentamente uma sobre a outra.
Quando se esclarecem as portas que rodam
para o lugar da noite tremendamente
clara. Noite de uma voz
humana. De uma acumulação
atrasada e sufocante.
Há sempre sempre uma ilusão abismada
numa noite, numa vida. Uma ilusão sobre o sono debaixo
do cruzamento do fogo.
Prodígio para as vozes de uma vida repentina.
E se aquele que ama dorme, as mulheres que ele ama
sentam-se e dizem:
ama-nos. E ele ama-as.
Desaperta uma veia, começa a delirar, vê
dentro de água os grandes pássaros e o céu habitado
pela vida quimérica das pedras.
Vê que os jasmins gritam nos galhos das chamas.
Ele arranca os dedos armados pelo fogo
e oferece-os à noite fabulosa.
Ilumina de tantos dedos
a cândida variedade das mulheres amadas.
E se ele acorda, então dizem-lhe
que durma e sonhe.
E ele morre e passa de um dia para outro.
Inspira os dias, leva os dias
para o meio da eternidade, e Deus ajuda
a amarga beleza desses dias.
Até que Deus é destruído pelo extremo exercício
da beleza.
Porque não haverá paz para aquele que ama.
Seu ofício é incendiar povoações, roubar
e matar,
e alegrar o mundo, e aterrorizar,
e queimar os lugares reticentes deste mundo.
Deve apagar todas as luzes da terra e, no meio
da noite aparecente,
votar a vida à interna fonte dos povos.
Deve instaurar o corpo e subi-lo,
lanço a lanço,
cantando leve e profundo.
Com as feridas.
Com todas as flores hipnotizadas.
Deve ser aéreo e implacável.
Sobre o sono envolvida pelas gotas
abaladas, no meio de espinhos, arrastando as primitivas
pedras. Sobre o interior
da respiração com sua massa
de apagadas estrelas. Noite alargada
e terrível terrível noite para uma voz
se libertar. Para uma voz dura,
uma voz somente. Uma vida expansiva e refluída.
Se pedem: canta, ele deve transformar-se no som.
E se as mulheres colocam os dedos sobre
a sua boca e dizem que seja como um violino penetrante,
ele não deve ser como o maior violino.
Ele será o único único violino
Porque nele começará a música dos violinos gerais
e acabará a inovação cantada.
Porque aquele que ama nasce e morre.
Vive nele o fim espalhado da terra.
Herberto Helder, in "Poesia Toda" Assírio & Alvim (1981)
Há sempre uma noite terrível para quem se despede
do esquecimento. Para quem sai,
ainda louco de sono, do meio
do silêncio. Uma noite
ingénua para quem canta.
Deslocada e abandonada noite onde o fogo se instalou
que varre as pedras da cabeça.
Que mexe na língua a cinza desprendida.
E alguém me pede: canta.
Alguém diz, tocando-me com seu livre delírio:
canta até te mudares em cão azul,
ou estrela electrocutada, ou em homem
nocturno. Eu penso
também que cantaria para além das portas até
raízes de chuva onde peixes
cor de vinho se alimentam
de raios, seixos límpidos.
Até à manhã orçando
pedúnculos e gotas ou teias que balançam
contra o hálito.
Até à noite que retumba sobre as pedreiras.
Canta - dizem em mim - até ficares
como um dia órfão contornado
por todos os estremecimentos.
E eu cantarei transformando-me em campo
de cinza transtornada.
Em dedicatória sangrenta.
Há em cada instante uma noite sacrificada
ao pavor e à alegria.
Embatente com suas morosas trevas.
Desde o princípio, uma onde que se abre
no corpo, degraus e degraus de uma onda.
E alaga as mãos que brilham e brilham.
Digo que amaria o interior da minha canção,
seus tubos de som quente e soturno.
Há uma roda de dedos no ar.
A língua flamejante.
Noite, uma inextinguível
inexprimível
noite. Uma noite máxima pelo pensamento.
Pela voz entre as águas tão verdes do sono.
Antiguidade que se transfigura, ladeada
por gestos ocupados no lume.
Pedem tanto a quem ama: pedem
o amor. Ainda pedem
a solidão e a loucura.
Dizem: dá-nos a tua canção que sai da sombra fria.
E eles querem dizer: tu darás a tua existência
ardida, a pura mortalidade.
Às mulheres amadas darei as pedras voantes,
uma a uma, os pára-
-raios abertíssimos da voz.
As raízes afogadas do nascimento. Darei o sono
onde um copo fala
fusiforme
batido pelos dedos. Pedem tudo aquilo em que respiro.
Dá-nos tua ardente e sombria transformação.
E eu darei cada uma das minhas semanas transparentes,
lentamente uma sobre a outra.
Quando se esclarecem as portas que rodam
para o lugar da noite tremendamente
clara. Noite de uma voz
humana. De uma acumulação
atrasada e sufocante.
Há sempre sempre uma ilusão abismada
numa noite, numa vida. Uma ilusão sobre o sono debaixo
do cruzamento do fogo.
Prodígio para as vozes de uma vida repentina.
E se aquele que ama dorme, as mulheres que ele ama
sentam-se e dizem:
ama-nos. E ele ama-as.
Desaperta uma veia, começa a delirar, vê
dentro de água os grandes pássaros e o céu habitado
pela vida quimérica das pedras.
Vê que os jasmins gritam nos galhos das chamas.
Ele arranca os dedos armados pelo fogo
e oferece-os à noite fabulosa.
Ilumina de tantos dedos
a cândida variedade das mulheres amadas.
E se ele acorda, então dizem-lhe
que durma e sonhe.
E ele morre e passa de um dia para outro.
Inspira os dias, leva os dias
para o meio da eternidade, e Deus ajuda
a amarga beleza desses dias.
Até que Deus é destruído pelo extremo exercício
da beleza.
Porque não haverá paz para aquele que ama.
Seu ofício é incendiar povoações, roubar
e matar,
e alegrar o mundo, e aterrorizar,
e queimar os lugares reticentes deste mundo.
Deve apagar todas as luzes da terra e, no meio
da noite aparecente,
votar a vida à interna fonte dos povos.
Deve instaurar o corpo e subi-lo,
lanço a lanço,
cantando leve e profundo.
Com as feridas.
Com todas as flores hipnotizadas.
Deve ser aéreo e implacável.
Sobre o sono envolvida pelas gotas
abaladas, no meio de espinhos, arrastando as primitivas
pedras. Sobre o interior
da respiração com sua massa
de apagadas estrelas. Noite alargada
e terrível terrível noite para uma voz
se libertar. Para uma voz dura,
uma voz somente. Uma vida expansiva e refluída.
Se pedem: canta, ele deve transformar-se no som.
E se as mulheres colocam os dedos sobre
a sua boca e dizem que seja como um violino penetrante,
ele não deve ser como o maior violino.
Ele será o único único violino
Porque nele começará a música dos violinos gerais
e acabará a inovação cantada.
Porque aquele que ama nasce e morre.
Vive nele o fim espalhado da terra.
Herberto Helder, in "Poesia Toda" Assírio & Alvim (1981)
Labels:
poemas
Herberto Helder
Sobre o Poema
Um poema cresce inseguramente
na confusão da carne,
sobe ainda sem palavras, só ferocidade e gosto,
talvez como sangue
ou sombra de sangue pelos canais do ser.
Fora existe o mundo.
Fora, a esplêndida violência
ou os bagos de uva de onde nascem
as raízes minúsculas do sol.
Fora, os corpos genuínos e inalteráveis
do nosso amor,
os rios, a grande paz exterior das coisas,
as folhas dormindo o silêncio,
as sementes à beira do vento,
— a hora teatral da posse.
E o poema cresce tomando tudo em seu regaço.
E já nenhum poder destrói o poema.
Insustentável, único,
invade as órbitas, a face amorfa das paredes,
a miséria dos minutos,
a força sustida das coisas,
a redonda e livre harmonia do mundo.
— Embaixo o instrumento perplexo ignora
a espinha do mistério.
— E o poema faz-se contra o tempo e a carne.
Um poema cresce inseguramente
na confusão da carne,
sobe ainda sem palavras, só ferocidade e gosto,
talvez como sangue
ou sombra de sangue pelos canais do ser.
Fora existe o mundo.
Fora, a esplêndida violência
ou os bagos de uva de onde nascem
as raízes minúsculas do sol.
Fora, os corpos genuínos e inalteráveis
do nosso amor,
os rios, a grande paz exterior das coisas,
as folhas dormindo o silêncio,
as sementes à beira do vento,
— a hora teatral da posse.
E o poema cresce tomando tudo em seu regaço.
E já nenhum poder destrói o poema.
Insustentável, único,
invade as órbitas, a face amorfa das paredes,
a miséria dos minutos,
a força sustida das coisas,
a redonda e livre harmonia do mundo.
— Embaixo o instrumento perplexo ignora
a espinha do mistério.
— E o poema faz-se contra o tempo e a carne.
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poemas
sábado, 21 de janeiro de 2012
Greve 3
mail de Tiffiniy Cheng info@fightforthefuture.org
Hi everyone!
A big hurrah to you!!!!! We’ve won for now -- SOPA and PIPA were dropped by Congress today -- the votes we’ve been scrambling to mobilize against have been cancelled.
The largest online protest in history has fundamentally changed the game. You were heard.
On January 18th, 13 million of us took the time to tell Congress to protect free speech rights on the internet. Hundreds of millions, maybe a billion, people all around the world saw what we did on Wednesday. See the amazing numbers here and tell everyone what you did.
This was unprecedented. Your activism may have changed the way people fight for the public interest and basic rights forever.
The MPAA (the lobby for big movie studios which created these terrible bills) was shocked and seemingly humbled. “‘This was a whole new different game all of a sudden,’ MPAA Chairman and former Senator Chris Dodd told the New York Times. ‘[PIPA and SOPA were] considered by many to be a slam dunk.’”
“'This is altogether a new effect,' Mr. Dodd said, comparing the online movement to the Arab Spring. He could not remember seeing 'an effort that was moving with this degree of support change this dramatically' in the last four decades, he added."
Tweet with us, shout on the internet with us, let's celebrate: Round of applause to the 13 million people who stood up - #PIPA and #SOPA are tabled 4 now. #13millionapplause
We're indebted to everyone who helped in the beginning of this movement -- you, and all the sites that went out on a limb to protest in November -- Boing Boing and Mozilla Foundation (and thank you Tumblr, 4chan)! And the grassroots groups -- Public Knowledge, Electronic Frontier Foundation, Demand Progress, CDT, and many more.
#SOPA and #PIPA will likely return in some form. But when they do, we'll be ready. Can you make a donation to Fight for the Future, to help us keep this fire going?
We changed the game this fall, and we're not gonna stop. $8, $20, every little bit helps.
13 million strong,
Tiffiniy, Holmes, Joshua, Phil, CJ, Donny, Douglas, Nicholas, Dean, David S. and Moore... Fight for the Future!
P.S. China's internet censorship system reminds us why the fight for democratic principles is so important:
In the New Yorker: "Fittingly, perhaps, the discussion has unfolded on Weibo, the Twitter-like micro-blogging site that has a team of censors on staff to trim posts with sensitive political content. That is the arrangement that opponents of the bill have suggested would be required of American sites if they are compelled to police their users’ content for copyright violations. On Weibo, joking about SOPA’s similarities to Chinese censorship was sensitive enough that some posts on the subject were almost certainly deleted (though it can be hard to know).
...
After Chinese Web users got over the strangeness of hearing Americans debate the merits of screening the Web for objectionable content, they marvelled at the American response. Commentator Liu Qingyan wrote:
‘We should learn something from the way these American Internet companies protested against SOPA and PIPA. A free and democratic society depends on every one of us caring about politics and fighting for our rights. We will not achieve it by avoiding talk about politics.’"
#######
(press release is here: https://fightfortheftr.wordpress.com/press-releases/)
Hi everyone!
A big hurrah to you!!!!! We’ve won for now -- SOPA and PIPA were dropped by Congress today -- the votes we’ve been scrambling to mobilize against have been cancelled.
The largest online protest in history has fundamentally changed the game. You were heard.
On January 18th, 13 million of us took the time to tell Congress to protect free speech rights on the internet. Hundreds of millions, maybe a billion, people all around the world saw what we did on Wednesday. See the amazing numbers here and tell everyone what you did.
This was unprecedented. Your activism may have changed the way people fight for the public interest and basic rights forever.
The MPAA (the lobby for big movie studios which created these terrible bills) was shocked and seemingly humbled. “‘This was a whole new different game all of a sudden,’ MPAA Chairman and former Senator Chris Dodd told the New York Times. ‘[PIPA and SOPA were] considered by many to be a slam dunk.’”
“'This is altogether a new effect,' Mr. Dodd said, comparing the online movement to the Arab Spring. He could not remember seeing 'an effort that was moving with this degree of support change this dramatically' in the last four decades, he added."
Tweet with us, shout on the internet with us, let's celebrate: Round of applause to the 13 million people who stood up - #PIPA and #SOPA are tabled 4 now. #13millionapplause
We're indebted to everyone who helped in the beginning of this movement -- you, and all the sites that went out on a limb to protest in November -- Boing Boing and Mozilla Foundation (and thank you Tumblr, 4chan)! And the grassroots groups -- Public Knowledge, Electronic Frontier Foundation, Demand Progress, CDT, and many more.
#SOPA and #PIPA will likely return in some form. But when they do, we'll be ready. Can you make a donation to Fight for the Future, to help us keep this fire going?
We changed the game this fall, and we're not gonna stop. $8, $20, every little bit helps.
13 million strong,
Tiffiniy, Holmes, Joshua, Phil, CJ, Donny, Douglas, Nicholas, Dean, David S. and Moore... Fight for the Future!
P.S. China's internet censorship system reminds us why the fight for democratic principles is so important:
In the New Yorker: "Fittingly, perhaps, the discussion has unfolded on Weibo, the Twitter-like micro-blogging site that has a team of censors on staff to trim posts with sensitive political content. That is the arrangement that opponents of the bill have suggested would be required of American sites if they are compelled to police their users’ content for copyright violations. On Weibo, joking about SOPA’s similarities to Chinese censorship was sensitive enough that some posts on the subject were almost certainly deleted (though it can be hard to know).
...
After Chinese Web users got over the strangeness of hearing Americans debate the merits of screening the Web for objectionable content, they marvelled at the American response. Commentator Liu Qingyan wrote:
‘We should learn something from the way these American Internet companies protested against SOPA and PIPA. A free and democratic society depends on every one of us caring about politics and fighting for our rights. We will not achieve it by avoiding talk about politics.’"
#######
(press release is here: https://fightfortheftr.wordpress.com/press-releases/)
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greve
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
GREVE 2
mail de Fight For The Future info@fightforthefuture.org
Today was nuts, right?
Google launched a petition. Wikipedia voted to shut itself off. Senators' websites went down just from the sheer surge of voters trying to write them. NYC and SF geeks had protests that packed city blocks.
You made history today: nothing like this has ever happened before. Tech companies and users teamed up. Tens of millions of people who make the internet what it is joined together to defend their freedoms. The free network defended itself. Whatever you call it, the bottom line is clear: from today forward, it will be much harder to mess up the internet.
The really crazy part? We might even win.
Approaching Monday's crucial Senate vote there are now 35 Senators publicly opposing PIPA. Last week there were 5. And it just takes just 41 solid "no" votes to permanently stall PIPA (and SOPA) in the Senate. What seemed like miles away a few weeks ago is now within reach.
But don't trust predictions. The forces behind SOPA & PIPA (mostly movie companies) can make small changes to these bills until they know they have the votes to pass. Members of Congress know SOPA & PIPA are unpopular, but they don't understand why--so they're easily duped by superficial changes. The Senate returns next week, and the next few days are critical. Here are two things to think about:
1. Plan on calling your Senator every day next week. Pick up the phone each morning and call your Senators' offices, until they vote "no" on cloture. If your site participated today, consider running a "Call the Senate" link all next week.
2. Tomorrow, drop in at your Senators' district offices. We don't have a cool map widget to show you the offices nearest you (we're too exhausted! any takers?). So do it the old fashioned way: use Google, or the phonebook to find the address, and just walk in, say you oppose PIPA, and urge the Senator to vote "no" on cloture. These drop-in visits make our spectacular online protests more tangible and credible.
That's it for now. Be proud and stay on it!
--Holmes, Tiffiniy, and the whole Fight for the Future team.
___
P.S. Huge credit goes to participants in the 11/16 American Censorship Day protest: Mozilla, 4chan, BoingBoing, Tumblr, TGWTG, and thousands of others. That's what got this ball rolling! Reddit, both the community and the team behind it, you're amazing. And of course, thanks to the Wikimedians whose patient and inexorable pursuit of the right answer brought them to take world-changing action. Thanks to David S, David K, Cory D, and E Stark for bold action at critical times.
P.P.S. If you haven't already, show this video to as many people as you can. It works! http://fightforthefuture.org/pipa/
Today was nuts, right?
Google launched a petition. Wikipedia voted to shut itself off. Senators' websites went down just from the sheer surge of voters trying to write them. NYC and SF geeks had protests that packed city blocks.
You made history today: nothing like this has ever happened before. Tech companies and users teamed up. Tens of millions of people who make the internet what it is joined together to defend their freedoms. The free network defended itself. Whatever you call it, the bottom line is clear: from today forward, it will be much harder to mess up the internet.
The really crazy part? We might even win.
Approaching Monday's crucial Senate vote there are now 35 Senators publicly opposing PIPA. Last week there were 5. And it just takes just 41 solid "no" votes to permanently stall PIPA (and SOPA) in the Senate. What seemed like miles away a few weeks ago is now within reach.
But don't trust predictions. The forces behind SOPA & PIPA (mostly movie companies) can make small changes to these bills until they know they have the votes to pass. Members of Congress know SOPA & PIPA are unpopular, but they don't understand why--so they're easily duped by superficial changes. The Senate returns next week, and the next few days are critical. Here are two things to think about:
1. Plan on calling your Senator every day next week. Pick up the phone each morning and call your Senators' offices, until they vote "no" on cloture. If your site participated today, consider running a "Call the Senate" link all next week.
2. Tomorrow, drop in at your Senators' district offices. We don't have a cool map widget to show you the offices nearest you (we're too exhausted! any takers?). So do it the old fashioned way: use Google, or the phonebook to find the address, and just walk in, say you oppose PIPA, and urge the Senator to vote "no" on cloture. These drop-in visits make our spectacular online protests more tangible and credible.
That's it for now. Be proud and stay on it!
--Holmes, Tiffiniy, and the whole Fight for the Future team.
___
P.S. Huge credit goes to participants in the 11/16 American Censorship Day protest: Mozilla, 4chan, BoingBoing, Tumblr, TGWTG, and thousands of others. That's what got this ball rolling! Reddit, both the community and the team behind it, you're amazing. And of course, thanks to the Wikimedians whose patient and inexorable pursuit of the right answer brought them to take world-changing action. Thanks to David S, David K, Cory D, and E Stark for bold action at critical times.
P.P.S. If you haven't already, show this video to as many people as you can. It works! http://fightforthefuture.org/pipa/
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greve
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
BANKSY: ThE ANTI-fAMOuS STREET ARTIST
Withus Oragainstus, Banksy’s anti-war beetle specimen was slipped into the collection of the New York Museum of Natural History, New York City, March 2005
You Have Beautiful Eyes, The Metropolitan Museum of Art, New York City, March 2005
Banksy is one such artist who has become an anonymous sensation. A British
street artist who began his career in the late 1980s, he is a fine artist as well as a
master at stenciled creations. His work has sold at auction for hundreds of thou-
sands of dollars, and his 2010 film Exit Through the Gift Shop (billed as “the world’s
first street art disaster movie”), was nominated for best documentary at the 2011
Academy Awards. In March 2005, Banksy disguised himself and slipped into
four major museums in New York City (Figures 3.19 and 3.20) to insert his work
alongside fine art and natural history artifacts complete with ornate frames, name
plaques, and explanations of work. Banksy says, “They’re good enough to be in
there, so I don’t see why I should wait.” Some were removed shortly after being
installed, and some weren’t discovered for several days.
You Have Beautiful Eyes, The Metropolitan Museum of Art, New York City, March 2005
Banksy is one such artist who has become an anonymous sensation. A British
street artist who began his career in the late 1980s, he is a fine artist as well as a
master at stenciled creations. His work has sold at auction for hundreds of thou-
sands of dollars, and his 2010 film Exit Through the Gift Shop (billed as “the world’s
first street art disaster movie”), was nominated for best documentary at the 2011
Academy Awards. In March 2005, Banksy disguised himself and slipped into
four major museums in New York City (Figures 3.19 and 3.20) to insert his work
alongside fine art and natural history artifacts complete with ornate frames, name
plaques, and explanations of work. Banksy says, “They’re good enough to be in
there, so I don’t see why I should wait.” Some were removed shortly after being
installed, and some weren’t discovered for several days.
domingo, 15 de janeiro de 2012
Pícaro
Palma-Ferreira definia o pícaro pelo seu humorismo, vagabundagem ou
deambulação, pelas desgraças, a pobreza, a escassez de comida ou a fome,
pela prosápia, a tendência satírica, a exibição da sua vida como um
exemplo ao contrário, a verbosidade popular, a apologia da liberdade de
acção fora dos padrões sociais, a preocupação da observação social, a
autobiografia como procedimento narrativo típico - o pícaro é uma
criatura literária que se narra a si próprio
João Pedro George, in "Puta que os Pariu - a biografia de Luiz Pacheco" (Tinta da China Edições, 2011), pág 520
João Pedro George, in "Puta que os Pariu - a biografia de Luiz Pacheco" (Tinta da China Edições, 2011), pág 520
Maria Bethânia
Haverá sempre, sempre entre nós esse digo não digo
Esse T de tensão, esse A de amor ressentido
Qualquer coisa no ar, esse desassossego
Um recado falado, um bilhete guardado, um segredo
Um desejo no lábio, um carinho travado, um azedo
Qualquer coisa no ar, esse desassossego
No metrô da saudade seremos fiéis passageiros
Um agosto molhado, um dezembro passado, um janeiro
Qualquer coisa no ar, esse desassossego
Cessará finalmente entre nós esse mito, não minto
Esse I de ilusão, esse T de tesão infinito
Qualquer coisa no ar, esse desassossego.
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músicas
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
BBrecht
Aos que vierem depois de
nós
Realmente, vivemos muito sombrios!
A inocência é loucura. Uma fronte sem rugas
denota insensibilidade. Aquele que ri
ainda não recebeu a terrível notícia
que está para chegar.
Que tempos são estes, em que
é quase um delito
falar de coisas inocentes.
Pois implica silenciar tantos horrores!
Esse que cruza tranquilamente a rua
não poderá jamais ser encontrado
pelos amigos que precisam de ajuda?
É certo: ganho o meu pão ainda,
Mas acreditai-me: é pura casualidade.
Nada do que faço justifica
que eu possa comer até fartar-me.
Por enquanto as coisas me correm bem
(se a sorte me abandonar estou perdido).
E dizem-me: "Bebe, come! Alegra-te, pois tens o quê!"
Mas como posso comer e beber,
se ao faminto arrebato o que como,
se o copo de água falta ao sedento?
E todavia continuo comendo e bebendo.
Também gostaria de ser um sábio.
Os livros antigos nos falam da sabedoria:
é quedar-se afastado das lutas do mundo
e, sem temores,
deixar correr o breve tempo. Mas
evitar a violência,
retribuir o mal com o bem,
não satisfazer os desejos, antes esquecê-los
é o que chamam sabedoria.
E eu não posso fazê-lo. Realmente,
vivemos tempos sombrios.
Para as cidades vim em tempos de desordem,
quando reinava a fome.
Misturei-me aos homens em tempos turbulentos
e indignei-me com eles.
Assim passou o tempo
que me foi concedido na terra.
Comi o meu pão em meio às batalhas.
Deitei-me para dormir entre os assassinos.
Do amor me ocupei descuidadamente
e não tive paciência com a Natureza.
Assim passou o tempo
que me foi concedido na terra.
No meu tempo as ruas conduziam aos atoleiros.
A palavra traiu-me ante o verdugo.
Era muito pouco o que eu podia. Mas os governantes
Se sentiam, sem mim, mais seguros, — espero.
Assim passou o tempo
que me foi concedido na terra.
As forças eram escassas. E a meta
achava-se muito distante.
Pude divisá-la claramente,
ainda quando parecia, para mim, inatingível.
Assim passou o tempo
que me foi concedido na terra.
Vós, que surgireis da maré
em que perecemos,
lembrai-vos também,
quando falardes das nossas fraquezas,
lembrai-vos dos tempos sombrios
de que pudestes escapar.
Íamos, com efeito,
mudando mais frequentemente de país
do que de sapatos,
através das lutas de classes,
desesperados,
quando havia só injustiça e nenhuma indignação.
E, contudo, sabemos
que também o ódio contra a baixeza
endurece a voz. Ah, os que quisemos
preparar terreno para a bondade
não pudemos ser bons.
Vós, porém, quando chegar o momento
em que o homem seja bom para o homem,
lembrai-vos de nós
com indulgência.
A inocência é loucura. Uma fronte sem rugas
denota insensibilidade. Aquele que ri
ainda não recebeu a terrível notícia
que está para chegar.
Que tempos são estes, em que
é quase um delito
falar de coisas inocentes.
Pois implica silenciar tantos horrores!
Esse que cruza tranquilamente a rua
não poderá jamais ser encontrado
pelos amigos que precisam de ajuda?
É certo: ganho o meu pão ainda,
Mas acreditai-me: é pura casualidade.
Nada do que faço justifica
que eu possa comer até fartar-me.
Por enquanto as coisas me correm bem
(se a sorte me abandonar estou perdido).
E dizem-me: "Bebe, come! Alegra-te, pois tens o quê!"
Mas como posso comer e beber,
se ao faminto arrebato o que como,
se o copo de água falta ao sedento?
E todavia continuo comendo e bebendo.
Também gostaria de ser um sábio.
Os livros antigos nos falam da sabedoria:
é quedar-se afastado das lutas do mundo
e, sem temores,
deixar correr o breve tempo. Mas
evitar a violência,
retribuir o mal com o bem,
não satisfazer os desejos, antes esquecê-los
é o que chamam sabedoria.
E eu não posso fazê-lo. Realmente,
vivemos tempos sombrios.
Para as cidades vim em tempos de desordem,
quando reinava a fome.
Misturei-me aos homens em tempos turbulentos
e indignei-me com eles.
Assim passou o tempo
que me foi concedido na terra.
Comi o meu pão em meio às batalhas.
Deitei-me para dormir entre os assassinos.
Do amor me ocupei descuidadamente
e não tive paciência com a Natureza.
Assim passou o tempo
que me foi concedido na terra.
No meu tempo as ruas conduziam aos atoleiros.
A palavra traiu-me ante o verdugo.
Era muito pouco o que eu podia. Mas os governantes
Se sentiam, sem mim, mais seguros, — espero.
Assim passou o tempo
que me foi concedido na terra.
As forças eram escassas. E a meta
achava-se muito distante.
Pude divisá-la claramente,
ainda quando parecia, para mim, inatingível.
Assim passou o tempo
que me foi concedido na terra.
Vós, que surgireis da maré
em que perecemos,
lembrai-vos também,
quando falardes das nossas fraquezas,
lembrai-vos dos tempos sombrios
de que pudestes escapar.
Íamos, com efeito,
mudando mais frequentemente de país
do que de sapatos,
através das lutas de classes,
desesperados,
quando havia só injustiça e nenhuma indignação.
E, contudo, sabemos
que também o ódio contra a baixeza
endurece a voz. Ah, os que quisemos
preparar terreno para a bondade
não pudemos ser bons.
Vós, porém, quando chegar o momento
em que o homem seja bom para o homem,
lembrai-vos de nós
com indulgência.
Bertolt Brecht
(Tradução de Manuel Bandeira)
(Tradução de Manuel Bandeira)
sábado, 7 de janeiro de 2012
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
2 poemas de Harold Pinter
HAROLD PINTER - CENA DE " BEING HAROLD PINTER" COM ANTONIA FRASER
Poema
As luzes brilham.
Que irá passar-se a seguir ?
Caiu a noite.
A chuva pára.
que vai passar-se a seguir ?
A noite enegrecerá
Ele não sabe
O que lhe vou dizer.
Quando ele se for
Aos seus ouvidos deixarei uma palavra
Para lhe dizer o que lhe queria dizer
No encontro que ia começar
E que acabou de acontecer.
Mas ele nada disse
No encontro que ia começar.
Agora apenas se volta e sorri
E murmura:
«Eu não sei
O que se vai passar a seguir.»
(1981)
A Morte Há-de Estar a Envelhecer
A morte há-de estar a envelhecer
Mas ainda tem garras
Mas a morte desarma-te
Com a sua luz límpida
E tal é a sua arte
Que nós nunca sabemos
Onde nos agurda
Para nos seduzir a vontade
E nos despir o corpo
Quando nos vestimos para matar
Mas a morte permite
Organizar as horas
Enquanto suga o mel
Das flores que amas
(Abril 2005)
in "Várias Vozes" (edições Quasi, 2006 )
trad. de Jorge Silva Melo e Francisco Frazão
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poemas
domingo, 1 de janeiro de 2012
Hino do construtor de pirâmides ou cones, ou o que o valha...
Irrita-me o que me enternece
e o contrário também.
Aquece-me o que me mata
e o contrário também.
Esquece-me o que sou
e o que hei-de ser também.
morrer ou fazer crochet
é sermos só filhos da mãe
Nunca hei-de saber o que é um homem
sem ventos, ou marés.
num céu apagado de estrelas
até pode caber um silêncio assim...
cego e mudo.
coxo, feio ou teimoso.
desconfortável sobretudo.
monteirinho, apraça-te;
olha com lábios de despedida
e constrói o esquecimento...
e o contrário também.
Aquece-me o que me mata
e o contrário também.
Esquece-me o que sou
e o que hei-de ser também.
morrer ou fazer crochet
é sermos só filhos da mãe
Nunca hei-de saber o que é um homem
sem ventos, ou marés.
num céu apagado de estrelas
até pode caber um silêncio assim...
cego e mudo.
coxo, feio ou teimoso.
desconfortável sobretudo.
monteirinho, apraça-te;
olha com lábios de despedida
e constrói o esquecimento...
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desabafos
In Memoriam (pachecus et aventinus)
Passamos a vida
a abrir as gavetas do mundo
e a trocar o seu conteúdo.
Infelizmente,
encontramos sempre
o que procuramos
a abrir as gavetas do mundo
e a trocar o seu conteúdo.
Infelizmente,
encontramos sempre
o que procuramos
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afectos
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