sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

  
O TABACO DA VIDA

De amor cantando,
sem nele demasiado acreditar,
dei a volta ao coração (demorei anos):
está só - mas sem nenhuma vontade de parar...

Desiludidos? Paciência, amigos...
Bebamos mais, fumemos, refumemos,
entre as mulheres, o tabaco e a vida.
Como cedilhas pendurados que felizes seremos,

exemplares cretinos nesta noite comprida...

Alexandre O'Neill, "Poesias Completas" assírio & alvim, 2000

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