domingo, 15 de fevereiro de 2015
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015
miriam reyes
Assim, sem ciência nem paciência...
Eventualmente paso días enteros sangrando
(por negarme a ser madre).
El vientre vacío sangra
exagerado e implacable como una mujer enamorada.
(por negarme a ser madre).
El vientre vacío sangra
exagerado e implacable como una mujer enamorada.
Si los hijos no salieran nunca
del cuerpo de sus madres
juro que tendría uno ahora mismo,
para sentirlo crecer dentro de mí
hasta poseerme como en una sesión espiritista
o como si mi bebé y yo
fuéramos muñecas rusas
una llena de la otra
mamá llena de bebé.
del cuerpo de sus madres
juro que tendría uno ahora mismo,
para sentirlo crecer dentro de mí
hasta poseerme como en una sesión espiritista
o como si mi bebé y yo
fuéramos muñecas rusas
una llena de la otra
mamá llena de bebé.
También tendría un hijo
si ellos siempre fueran bebés
y pudiera sostenerlo en mis brazos por encima de la realidad
para que mi niño nunca pusiera los pies en la tierra.
si ellos siempre fueran bebés
y pudiera sostenerlo en mis brazos por encima de la realidad
para que mi niño nunca pusiera los pies en la tierra.
Pero ellos llegan a ser
tan viejos como uno.
tan viejos como uno.
No alimentaré a nadie con mi cuerpo
para que viva este suicidio en cuotas que vivo yo.
para que viva este suicidio en cuotas que vivo yo.
Por eso sangro y tengo cólicos
y me aprieto este vientre vacío
y trago pastillas hasta dormirme y olvidar
que me desangro en mi negación.
y me aprieto este vientre vacío
y trago pastillas hasta dormirme y olvidar
que me desangro en mi negación.
sábado, 7 de fevereiro de 2015
Gauguin e etecetras variados
Paul Gauguin - "Nafea Faa Ipoipo"
Em plena crise histórica que somos obrigados a, directa e/ou indirectamente viver. Todos e muy democraticamente este quadro de Gauguin, de forma completamente irónica (sorriamos então e, espantemo-nos gauguinescamente). Por preguiça e vários restos, não comento. Remeto (um pouco ao acaso, confesso) para a evocação do livro que me introduziu no universo muito distante destas arábias quatarianas http://hasempreumlivro.blogspot.pt/2011/10/noa-noa-de-paul-gauguin-ulmeiro.html
A propósito (e nem de propósito) «Nafea Faa Ipoipo» significa «Quando te casarás?».
De nenhuma delas vem cheiro de resposta. De nenhum do par de homens que se aproxima pela esquerda. Mas, quem interroga uma pintura de pergunta feita?
terça-feira, 3 de fevereiro de 2015
Como foi...
Obrigado. Raiva e choro. Pensamento escondido. Anónimo. Perdido.
Esquecido o rumo. Náufrago. Emoção plena quando olho o teu corpo adormecido e riscas de sol morno te libertam de mim e eu espero, indiferente ao desfecho. Anseio uma distração enevoada para a nossa fuga alada. Quero filho teu antes de morrer e a lágrima sem emoção que me escorre, face abaixo, é o meu segredo, o nosso fim.
Isto de quereres, começa-se com tudo e acaba-se com nada. Uma corrida fugida que estafa e cansa. Movo os lábios no silêncio daquele quarto e, enquanto vejo os mínusculos e brilhantes grãos de poeira nos feixes de luz, sei que o que digo é uma versão única de oração. Visto-me em silêncio, apenas o sacoplástico ameaça denunciar-me, mas longe como estás apenas afastas os cabelos húmidos da testa.
Espera-me o frio ventoso duma cidade onde me perderia se me dirigisse a casa.
Fotografia de Fred Herzog
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015
Hoje (só) silêncio maltês
... os professores que se recusam a dar notas, só passam os calados porque, por eles já estão ensinados. Com eles, felinos e ladinos, nã há volta a dar... Imagina-se um gato a pensar: "Amanhã é que vai ser"? Eu não.
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