As so(m)bras dos sobejos
Então:
só nós...
(assim, sós?)
Vós e eu: nós.
assumidamente sós
ao menos por agora (seja).
só sol, apenas.
(a sombra, não o sabemos já,
há-de vir/ virá).
o recomeço
remoçado é
uma alvorada branca.
Hoje é sempre demasiado.
doces manias,
o/ um desmaiado amor,
a esperança
do resto do medo,
são o que resta
do sobejo
de uma malmãe.
Por isso, só sussurro
o que escarro
(e escondo
o que lembro)...
(...) essa é a baba
que vai habitando
a passo
o que sou,
passeando-me
com a persistência mole
de uma
anónima
verruga.
Do e como,
todo o estipêndio
com que tento
tanto
e em vão
esquecer-te...
ah, minha miserável hantise
de trazer por casa.
A cada um o que merece
de cada não o que pede
mas o que pode.
Nessa espécie de comunismo
vivente
é que havemos de buscar,
vocabulando,
o que sabemos ser o sentido.
Somos vencidos e ainda não o sabemos.
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