sexta-feira, 14 de setembro de 2012
Aluno Externo e Impaciente
Resta a música para esconjurar este silêncio (outros haverá) que se sente como uma espécie de discurso do vazio, para não dizer outra coisa. Era hora e luz de pássaros; passada essa chegaria a dos automóveis... mas houve só continuação ameaçante das gaivotas. Duvido que chegue a dos homens e nada disto me interessa verdadeiramente, embora seja certo que sinto falta da passarada. De bichos é assim: aves e gatos. Matuto na ironia: presas e predadores.
Quem esteve preso ou, contra vontade, militou num qualquer tipo de internamento, sabe que um homem despojado dum mínimo de objectos e imagens, de sons-confortos, da ínfima presença de caras e afectos, caminha a passos largos para uma espécie de afogamento em vida, para uma diluição agitada mas brevíssima. É disso que nessas alturas se tem medo, e este é a antecipação, o (ante)construir e o pré-vivenciar...
Será portanto esta uma tristeza muito alegre, muito gaiteira e assobiante. Penso em palavras... quando somos pequenos não temos apetites, temos quereres (urgentes e imperiosos), depois crescemos, civilizamo-nos e insultamos a vida, persistente e diariamente: «apetecem-me bifes e beijos». Querer "querer", já não queremos nada.
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
pedir desculpas... a quem??
Ah, si j'étais un mec sérieux
J'aurais une femme et des enfants
Un pavillon en banlieue
Un prêt sur le dos pendant 20 ans
Tous les matins dans le métro
Avec mon costard de blaireau
J'irais bosser comme tous ces cons
Je serais cadre dans la manutention
Mais je suis un peu déjanté
Et puis j'ai pas envie de bosser
Moi, je fais de la guitare
Je voudrais être une star
Célibataire endurci
On envie mon indépendance
Moi, je me la joue artiste maudit
Ça me donne un genre, de la prestance
Ah, si j'étais un mec baraque
Je défendrais la veuve, l'orphelin
Je distribuerais les coups, les claques
Comme on distribue des bons points
Ah, si j'étais une marmule
Il y aurait du sang sur les murs
Le premier qui me mate de travers
Je lui mets la tête à l'envers
Mais je suis un gringalet
Alors je suis pour la paix
J'essaie toujours de discuter
De ne jamais m'énerver
Mais je suis un maigrichon
Mon seul sport, c'est la course à pied
Pour éviter tous ces cons
Qui en veulent à mon porte-monnaie
Ah, si j'étais un dieu au lit
Je tromperais ma femme plus souvent
Avec des filles et des jolies
Qu'auraient à peine 18 ans
Ah, si j'étais un étalon
Je ferais des partouzes dans mon salon
J'inviterais toutes mes amies
Et je pourrais tenir toute la nuit
Mais, je suis un mauvais coup
Un coup trop rapide ou trop mou
Les filles rient jusque dans mon lit
Au bout de deux fois, elles s'enfuient
J'ai le sex-appeal d'une serpillière
Je suis obligé de faire boire pour plaire
C'est peut-être un peu dégueulasse
Mais vous feriez quoi à ma place
Ah, si j'étais grand et beau
Et si j'étais un gros costaud
Ah, si j'avais une jolie peau
Et si on m'appelait Rocco
Ah, si j'étais un peu de tout ça
Je te jure que je serais pas là
A chanter des chansons débiles
Juste pour impressionner les filles
domingo, 9 de setembro de 2012
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
domingo, 2 de setembro de 2012
Lembrete
01 - lonesome piéton
(abrir em novo separador e ouvir durante a leitura)
Diz-me alma amiga, amável e sábia que da morte, da tristeza e afins se deve a todo custo evitar culto, praticar devoção... enfim, fugir (senão mesmo negar) qualquer aproximação fascinada ao que comunmente se chama de "mórbido". Não tenho como, nem sequer porque, negar o que o bom-senso obvia e o conforto espiritual recomenda. Perfilho a afirmação assim como fraternizo quem a profere.
Porque então este amargo de boca, esta insidiosa sensação de vazio, esta azia, na boca cheia das certezas e das digestões previsíveis?
Por ser tarde, ou por estar cansado ou vazio, adio a resposta que sei (e teimo em registar, como verdade tatuada em papel... tudo virtualidades); ponho o Leotard a cantar por mim, como convém a esta espécie de gigolo existencial, que só percebe o que perdeu, quando se vê na situação de nada (ou pouquíssimo, pouqérrimo) ter a perder. «Nem sequer a vergonha» grita a voz esganiçada ao fundo da sala. Sorrio («vergolho») resignado. Vergonha, senhores, é ter fronha resignada, é caber no vocábulo r-e-s-i-g-n-a-ç-ã-o
(abrir em novo separador e ouvir durante a leitura)
Diz-me alma amiga, amável e sábia que da morte, da tristeza e afins se deve a todo custo evitar culto, praticar devoção... enfim, fugir (senão mesmo negar) qualquer aproximação fascinada ao que comunmente se chama de "mórbido". Não tenho como, nem sequer porque, negar o que o bom-senso obvia e o conforto espiritual recomenda. Perfilho a afirmação assim como fraternizo quem a profere.
Porque então este amargo de boca, esta insidiosa sensação de vazio, esta azia, na boca cheia das certezas e das digestões previsíveis?
Por ser tarde, ou por estar cansado ou vazio, adio a resposta que sei (e teimo em registar, como verdade tatuada em papel... tudo virtualidades); ponho o Leotard a cantar por mim, como convém a esta espécie de gigolo existencial, que só percebe o que perdeu, quando se vê na situação de nada (ou pouquíssimo, pouqérrimo) ter a perder. «Nem sequer a vergonha» grita a voz esganiçada ao fundo da sala. Sorrio («vergolho») resignado. Vergonha, senhores, é ter fronha resignada, é caber no vocábulo r-e-s-i-g-n-a-ç-ã-o
Je suis seul dans la rue et je chante pour moi
Je suis seul dans ma peau et je pleure pour rien
I´m a poor lonesome piéton
A long way from my maison
Je me plie au poids des paresses
Je me fie à mes pas perdus
Qui vont toujours toujours ailleurs
I´m a poor lonesome piéton
A long way from my maison
Je suis seul dans la ville
Et c´est encore de moi
Qu´il faut que je m´ne aille
Je sauterai de ma vie
Comme d´un train en marche
I´m a poor lonesome piéton
A long way from my maison
"There was never a man like my Johnny
Like the one they call : Johnny Guitar..."
Je suis seul dans ma peau et je pleure pour rien
I´m a poor lonesome piéton
A long way from my maison
Je me plie au poids des paresses
Je me fie à mes pas perdus
Qui vont toujours toujours ailleurs
I´m a poor lonesome piéton
A long way from my maison
Je suis seul dans la ville
Et c´est encore de moi
Qu´il faut que je m´ne aille
Je sauterai de ma vie
Comme d´un train en marche
I´m a poor lonesome piéton
A long way from my maison
"There was never a man like my Johnny
Like the one they call : Johnny Guitar..."
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