terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Antiguidades
Quickly, bring me a beaker of wine, so that I may wet my mind
and say something clever.
—Aristophanes (448-385 AC)
and say something clever.
—Aristophanes (448-385 AC)
Foucault, sexo, liberdade, criação
A sexualidade faz parte da nossa conduta. Faz parte da liberdade no nosso usufruto deste mundo. A sexualidade é algo que nós mesmos criamos - ela é nossa própria criação, ou melhor, ela não é a descoberta de um aspecto secreto do nosso desejo. Nós devemos compreender que, com os nossos desejos, através deles, se instauram novas formas de relações, novas formas de amor e novas formas de criação. O sexo não é uma fatalidade; é uma possibilidade de aceder a uma vida criativa.
Michel Foucault, in “Por uma Vida não Fascista”
Michel Foucault, in “Por uma Vida não Fascista”
A língua girava no céu da boca (Carlos Drummond de Andrade – Poemas Eróticos)
A língua girava no céu da boca. Girava! Eram
duas bocas, no céu único.
O sexo desprendera-se de sua fundação, errante
imprimia-nos seus traços de cobre. Eu, ela, elaeu.
Os dois nos movíamos possuídos, trespassados,
eleu. A posse não resultava de ação e doação, nem nos
somava. Consumia-nos em piscina de aniquilamento.
Soltos, fálus e vulva no espaço cristalino, vulva e fálus
em fogo, em núpcia, emancipados de nós.
A custo nosso corpos, içados do gelatinoso jazigo,
se restituíram à consciência. O sexo reintegrou-se.
A vida repontou: a vida menor.
duas bocas, no céu único.
O sexo desprendera-se de sua fundação, errante
imprimia-nos seus traços de cobre. Eu, ela, elaeu.
Os dois nos movíamos possuídos, trespassados,
eleu. A posse não resultava de ação e doação, nem nos
somava. Consumia-nos em piscina de aniquilamento.
Soltos, fálus e vulva no espaço cristalino, vulva e fálus
em fogo, em núpcia, emancipados de nós.
A custo nosso corpos, içados do gelatinoso jazigo,
se restituíram à consciência. O sexo reintegrou-se.
A vida repontou: a vida menor.
Labels:
poemas
Subscrever:
Mensagens (Atom)