Mostrar mensagens com a etiqueta Poemas.Sexualidades. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Poemas.Sexualidades. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Erotismo Religioso

                                                                     Bernini "Êxtase de Santa Teresa"


"Vivo sin vivir en mí"

Vivo sin vivir en mí,
y de tan alta vida espero
que muero porque no muero. 
Vivo ya fuera de mí
después que muero de amor;
porque vivo en el Señor,
que me quiso para sí;
cuando el corazón le di
puse en él este letrero:
que muero porque no muero. 

Esta divina prisión
del amor con que yo vivo
ha hecho a Dios mi cautivo,
y libre mi corazón;
y causa en mí tal pasión
ver a Dios mi prisionero,
que muero porque no muero. 
¡Ay, qué larga es esta vida!
¡Qué duros estos destierros,
esta cárcel, estos hierros
en que el alma está metida!
Sólo esperar la salida
me causa dolor tan fiero,
que muero porque no muero. 
¡Ay, qué vida tan amarga
do no se goza el Señor!
Porque si es dulce el amor,
no lo es la esperanza larga.
Quíteme Dios esta carga,
más pesada que el acero,
que muero porque no muero. 
Sólo con la confianza
vivo de que he de morir,
porque muriendo, el vivir
me asegura mi esperanza.
Muerte do el vivir se alcanza,
  no te tardes, que te espero,
que muero porque no muero. 
Mira que el amor es fuerte,
vida, no me seas molesta;
mira que sólo te resta,
para ganarte, perderte.
Venga ya la dulce muerte,
el morir venga ligero,
que muero porque no muero.
Aquella vida de arriba
es la vida verdadera;
hasta que esta vida muera,
no se goza estando viva.
Muerte, no me seas esquiva;
  viva muriendo primero,
que muero porque no muero. 
Vida, ¿qué puedo yo darle
a mi Dios, que vive en mí,
si no es el perderte a ti
para mejor a Él gozarle?
Quiero muriendo alcanzarle,
pues tanto a mi Amado quiero,
que muero porque no muero.   
Santa Teresa de Ávila (1515-1582)

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

E. M. de Melo e Castro 1

Autobiografia fenómeno-F(re)udiana
 
fui chulo dancei a chula
fui lira dancei o vira
fui drogas comi doutoras
fui tinta mijei tinteiro

só não fui é paneleiro

fui minas chupei meninas
consumi os 3 de vez
entortei cornos que fiz
ganhei e perdi dinheiro

só não fui é paneleiro

fui língua cantei o tango
fui fraco fodi o frango
fui marido fui comido
no mastro do meu veleiro

só não fui é paneleiro

fui punho bati punheta
fui alho chupei alheira
fui corno toquei corneta
fui vivo virei viveiro

só não fui é paneleiro

trinquei as mamas às amas
toquei árias às canárias
virei as telhas às velhas
comi putas sem dinheiro

só não fui é paneleiro

e de tudo o que já fui
a pena me dá no cu
de prazer tão verdadeiro

só não sou é paneleiro.
(de "Cara lh amas")

E. M. de Melo e Castro 2

Paga e repaga
 
A paga
eu gostaria muito sim talvez
dar uma enorme foda todo o mês
numa mulher que se chamasse Inês
e que tivesse um gato siamês
que não me chateasse cada vez
que nela me pusesse de viés
porque as mulheres pensam que talvez
no foder se paga tudo de uma vez

mas nunca se lembram que ao invés
o pagar nada tem com as fodas que dês
porque ainda ontem dei ai umas dez
e a paga que tive foi um chato burguês

A repaga
não penses tu proleta fodilhão
que lá por seres caralho
tens razão
nem que todas as fodas que me dês
são a fácil desforra
do tesão

porque a cona é que sabe
do vir ou do não vir
e só no seu sorrir
é que o caralho sobe

mas se és mal pago
não vais morrer de fomes
e se me pagas
não pagas o que comes.

(e o chato talvez
não seja mais
que o teu retrato
português)
(de "Cara lh amas")

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Leila Míccolis

Voyeurismo
 
Te olho
me molho