(...) os gatos são os únicos burgueses
com que ainda é possível pactuar -
vêem com tal desprezo esta sociedade capitalista!
Servem-se dela, mas do alto, desdenhando-a ...
Não, a probabilidade do dinheiro ainda não estragou inteiramente o gato
mas de gato para cima - nem pensar nisso é bom!
(...)
O pouco amor que eu tive à burguesia
deixei-o todo numa casa de passe
quando me perguntaram: quer assim? Ou assim?
E agora, era fatal, falto ao escritório,
falto ao escritório, pontualmente, todas as manhãs
excerto de "Louvor e Simplificação de Álvaro de Campos", in "Nobilíssima Visão" de Mário Cesariny de Vasconcelos
Raio de Luz
Burgueses somos nós todos
ou ainda menos.
Burgueses somos nós todos
desde pequenos.
Burgueses somos nós todos
ó literatos.
Burgueses somos nós todos
ratos e gatos.
Burgueses somos nós todos
por nossas mãos.
Burgueses somos nós todos
que horror irmãos.
Burgueses somos nós todos
ou ainda menos
Burgueses somos nós todos
desde pequenos.
Id., Ibid.
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
... de passagem
Passing By
Zero 7
I don't think you love me
Confusion settling in
I don't think I'll be staying
Around here, anymore
There's no question that I love you
But I'm living in my own time
And here I am debating
Whether I'm wrong, or right
Who am I
To make a judgement of
Your life
I'm only
Passing by
Passing by
All the promises I gave you
Helped me to survive
And all the times I wished you'd save me
You were the love of my life
Who am I
To make a judgement of
Your life
I'm only
Passing by
Passing by
Who am I
To make a judgement of
Your life
I'm only
Passing by
Passing by
Who am I
To make a judgement of
Your life
I'm only
Passing by
Passing by
I'm only passing by ...
Labels:
músicas
Cesariny vs Pessoa(s)
NOTA À INTRODUÇÃO
Pinar só co'a cabeça
É protérrima noção
Ca Literatura começa
Ter em muita aceitação.
Entrada a tola entra tudo: taco
Tórax e veio.
Se não couber no buraco
Racha-se o buraco ao meio.
- Nem rachar será preciso;
Só rasgar um bocadinho.
Como na árvore, inciso,
O nome do passarinho.
É IMPORTANTE FODER
É importate foder (ou não foder)?
É evidente que não, não é importante.
Fode quem fode e não fode quem não quer.
Com isso ninguém tem nada
Mas mesmo nada
A ver.
O que um tanto me tolhe é não poder confiar
Numa coisa que estica e depois encolhe,
Uma coisa que é mole e se põe a endurar e
A dilatar a dilatar
Até não se poder nem deixar andar
Para depois se sumir
E dar vontade de rir e d'ir urinar.
Isso eu o quiz dizer naquelo verso louco que tenho ao pé:
«O amor é um sono que chega para o pouco ser que se é»
Verso que, como sempre, terá ficado por perceber (por mim até).
Labels:
poemas
Subscrever:
Mensagens (Atom)